sábado, 10 de setembro de 2011

Floresta amazônica no Pará é consumida por focos de queimadas


Imagens feitas nesta semana na região de Redenção, no Pará, mostram a destruição da floresta devido às queimadas que atingiram o estado durante a estiagem.
De acordo com o sistema de monitoramento de focos de incêndio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro até esta sexta-feira (9), o Pará registrou 4.039 focos de calor, a maior parte em áreas da floresta amazônica. O índice é 79% menor que a quantidade de incêndios do mesmo período de 2010, quando os satélites computaram 20.084 queimadas.
Em Redenção, onde a atividade agropecuária é forte, entre 1º de julho e 9 de setembro de 2011 houve 26 focos de incêndio. No mesmo período do ano passado foram 193.
Segundo Antônio Balderramas, coordenador do Prevfogo, as cidades que mais têm registrado queimadas são Altamira, que nos últimos 70 dias registrou 521 focos de queimada, São Félix do Xingu, no sul do estado, onde já ocorreram 370 incêndios no mesmo período, e em Novo Progresso, onde ocorreram 328 focos.
As três cidades também figuram na lista dos municípios que mais desmataram a Amazônia Legal, segundo o Ministério do Meio Ambiente.
De acordo com o sistema de monitoramento de desmatamento em tempo real da Amazônia Legal (Deter), entre o período de agosto de 2010 e julho de 2011 o Pará derrubou 857,6 km² e foi o segundo estado que mais devastou o bioma, atrás apenas do Mato Grosso, responsável pela derrubada de 956,7 km². (Fonte: Globo Natureza)

Oceano Glacial Ártico registra recorde de degelo




A camada de gelo que cobre o Oceano Glacial Ártico registrou um novo e preocupante recorde de descongelamento no atual verão europeu, tendo sua superfície reduzida em até 4,24 milhões de quilômetros quadrados.
Um porta-voz do Instituto de Física do Meio Ambiente da Universidade de Brêmen anunciou nesta sexta-feira (9) que o novo índice supera a marca de 2007, quando haviam sido registrados 4,267 milhões de quilômetros quadrados de superfície de gelo, número mais baixo até então. Pesquisadores da Universidade de Washington também levantaram o alerta sobre a diminuição de gelo da região no começo desta semana.
“A superfície de gelo se reduziu cerca de 50% desde 1972. Os seres vivos que ocupam o ecossistema sob a camada de gelo e que são o ponto de partida da cadeia alimentar também para nós, os humanos, têm cada vez menos espaço vital”, advertiu Georg Heygster, cientista do instituto.
Heygster explicou que a superfície gelada do Oceano Glacial Ártico oscila normalmente entre 15 milhões de quilômetros quadrados em março e 5 milhões em setembro. O recorde atual supera o de 2007 em 0,6% e o especialista acredita que a redução da superfície gelada pode se tornar ainda maior até o fim deste mês.
O cientista alemão confirmou que tanto a rota marítima a nordeste, próxima à costa da Rússia, quanto a rota a noroeste, que faz limite com o Canadá, ficaram abertas como consequência do descongelamento do Oceano Ártico, fenômeno semelhante ao que aconteceu em 2008.
Heygster acrescentou que a diminuição da superfície de gelo do Ártico já não se explica mais pela variação natural que acontece de ano a ano, mas pela mudança climática. Por fim, o cientista ressaltou que com o fenômeno a camada média de gelo também perde espessura. (Fonte: Portal iG)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ouro e platina vieram do espaço, dizem cientistas



Cientistas britânicos dizem que metais preciosos, incluindo ouro e platina, vieram do espaço bilhões de anos atrás.
Os pesquisadores da Universidade de Bristol chegaram à conclusão após analisar amostras de algumas das pedras mais antigas do mundo, na Groenlândia.
Segundo eles, os isótopos encontrados nessas formações – átomos que identificam a origem e idade dos materiais – são claramente diferentes daqueles que se originaram na Terra.
Isso confirmaria a teoria de que os metais preciosos que usamos hoje chegaram ao planeta em uma violenta chuva de meteoros quando a Terra tinha apenas 200 milhões de anos.
“Nosso trabalho mostra que a maior parte dos metais preciosos nos quais se baseiam nossas economias e muitos processos industriais foram adicionados a nosso planeta por coincidência, quando a Terra foi atingida por cerca de 20 bilhões de toneladas de material espacial”, diz Mathias Willbold, que liderou a pesquisa da Universidade de Bristol.
Estoque original - Durante a formação da Terra, o planeta era uma massa de minerais derretidos, que era constantemente atingida por grandes corpos cósmicos.
O centro da Terra foi criado a partir de metais em estado líquido que afundaram.
De acordo com os cientistas, a quantidade de ouro e outros metais preciosos presente no coração do planeta seria suficiente para cobrir toda a superfície da Terra com uma camada de quatro metros de profundidade.
A concentração de todo o ouro e outros metais no centro do planeta deveria ter deixado as camadas externas da Terra praticamente livres da presença desses materiais, por isso a origem do ouro que exploramos na superfície e no manto terrestre (a camada imediatamente abaixo da crosta terrestre) já havia sido motivo de especulações no mundo científico.
Tecnologia - O estudo publicado na revista científica Nature foi o primeiro, segundo os pesquisadores, a conseguir realizar as medidas isotópicas com a qualidade necessária para descobrir que os metais preciosos vieram do espaço.
Os cientistas dizem que estudos futuros podem tentar descobrir mais sobre os processos que fizeram com que os meteoros que atingiram a Terra se misturassem ao manto terrestre.
Em seguida, processos geológicos formaram os continentes e concentraram os metais preciosos nos depósitos de minerais que são explorados hoje. (Fonte: Folha.com)

2030: o ano final do Cerrado


Estudos da ONG ambientalista Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil) indicam que o Cerrado deverá desaparecer até 2030.



Estudos da ONG ambientalista Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil) indicam que o Cerrado deverá desaparecer até 2030. Dos 204 milhões de ha originais, 57% já foram completamente destruídos e a metade das áreas remanescentes estão bastante alteradas, podendo não mais servir à conservação da biodiversidade. A taxa anual de desmatamento no bioma é alarmante, chegando a 1,5%, ou 3 milhões de ha/ano. As principais pressões sobre o Cerrado são a expansão da fronteira agrícola, as queimadas e o crescimento não planejado das áreas urbanas. A degradação é maior em Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso, no Triângulo Mineiro e no Oeste da Bahia.

O estudo, feito a partir de imagens satélites, é resultado da parceria da CI-Brasil com a ONG Oréades, que tem sede em Mineiros (GO). “O Cerrado perde 2,6 campos de futebol por minuto de sua cobertura vegetal. Essa taxa de desmatamento é dez vezes maior que a da Mata Atlântica, que é de um campo a cada 4 minutos,” explica Ricardo Machado, diretor da CI-Brasil para o Cerrado e um dos autores do estudo. “Muitos líderes e tomadores de decisão defendem, equivocadamente, o desmatamento do Cerrado só porque não é coberto por densas florestas tropicais, como a Mata Atlântica ou a Amazônia. Essa posição ignora o fato de o bioma abrigar a mais rica savana do mundo, com grande biodiversidade, e recursos hídricos valiosos para o Brasil. Nas suas chapadas estão as nascentes dos principais rios das bacias Amazônica, do Prata e do São Francisco.”

Entre os problemas provocados pelo desmatamento no Cerrado estão a degradação de rios importantes como o São Francisco e o Tocantins, e a destruição de hábitat que compromete a sobrevivência de milhares de espécies, muitas delas endêmicas, ou seja, que só ocorrem ali e em nenhum outro lugar do Planeta, como o papagaio-galego (Amazona xanthops) e a raposa-do-campo (Dusicyon vetulus). Junto com a biodiversidade estão desaparecendo ainda as possibilidades de uso sustentável de muitos recursos, como plantas medicinais e espécies frutíferas que são abundantes no Cerrado.
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Segundo a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, já foram catalogadas mais de 330 espécies de uso na medicina popular no Cerrado. A Arnica (Lychnophora ericoides), o Barbatimão (Stryphnodendron adstringens), a Sucupira (Bowdichia sp.), o Mentrasto (Ageratum conyzoide) e o Velame (Macrosiphonia velame) são alguns exemplos.

“Além de calcular a velocidade do desmatamento, o estudo da CI-Brasil também mapeou os principais remanescentes desse bioma, analisando a situação de sua cobertura vegetal”, explica Mário Barroso, gerente do programa do Cerrado da Conservação Internacional Brasil e co-autor do estudo. “Esses dados serão incorporados à nossa estratégia de conservação para o bioma, que está baseada na implementação de corredores de biodiversidade.”

Os corredores de biodiversidade evitam o isolamento das áreas protegidas, garantindo o trânsito de espécies por um mosaico de unidades ambientalmente sustentáveis - parques, reservas públicas ou privadas, terras indígenas, além de propriedades rurais que desenvolvem atividades produtivas resguardando áreas naturais. Hoje, a CI-Brasil está implementando seis corredores de biodiversidade em regiões do Cerrado: Emas-Taquari, Araguaia, Paranã, Jalapão, Uruçuí-Mirador e Espinhaço. O IBAMA, a SEMARH - Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás, a Universidade de Brasília e ONGs locais estão entre os parceiros da CI-Brasil nesses corredores.

Dados subsidiam ações de conservação

Os dados do desmatamento no Cerrado começam a ser apresentados pela CI-Brasil e seus parceiros a tomadores de decisão dos mais diversos níveis. Em reunião do Conselho Nacional de Biodiversidade - CONABIO, no início de Julho, o estudo foi apresentado ao Secretário de Biodiversidade e Florestas, João Paulo Capobianco. Depois da apresentação, o Secretário declarou que o Ministério do Meio Ambiente criará um grupo específico para discussão de medidas emergenciais para o Cerrado, como foi feito para a Amazônia e a Mata Atlântica.

No Estado de Goiás, que possui muitos remanescentes nativos valiosos de Cerrado, a apresentação do estado de conservação do Vale no Paranã ao Conselho Estadual do Meio Ambiente resultou na criação de Câmara Técnica temporária que discutirá e proporá ações de controle sobre o desmatamento na área. O Vale do Paranã, localizado na divisa dos Estados de Goiás e Tocantins, é considerado um centro de endemismo de aves, tem a maior concentração no Cerrado de um tipo de formação vegetal conhecido como floresta seca, e é remanescente de um corredor natural que ligava a Caatinga ao Chaco paraguaio há cerca de 20 mil anos. O trabalho da CI-Brasil na área é feito em parceria com a Embrapa Recursos Genéticos, a Universidade de Brasília e as organizações não-governamentais Pequi e Funatura.

No Corredor de Biodiversidade Emas-Taquari, que compreende áreas no Sudoeste de Goiás, Sudeste de Mato Grosso e Centro-Norte de Mato Grosso do Sul, os dados de desmatamento estão sendo compartilhados com as prefeituras municipais de 17 municípios. Com o Projeto Municípios do Corredor de Biodiversidade, a CI-Brasil em parceria com as ONGs Oréades e Oikos está fortalecendo órgãos de meio ambiente municipais e estudais em cada cidade.

Técnicos e gestores foram capacitados para o levantamento local de dados, confecção de mapas e aplicação da legislação ambiental. O projeto inclui ainda a criação de núcleos de educação ambiental e o envolvimento de outros atores locais, como lideranças comunitárias e promotores públicos.

“Para frear a destruição do Cerrado, os investimentos do Governo Federal na próxima safra agrícola devem incluir ações de conservação, especialmente na proteção de mananciais hídricos, na recuperação de áreas degradadas e na manutenção de unidades de conservação”, defende Machado. “Se o Governo, as empresas e a sociedade civil se mobilizarem para a criação de um fundo para a conservação do Cerrado associado aos investimentos destinados à produção de grãos, aí sim estaremos implementando, de forma justa e efetiva, a transversalidade da política ambiental no Brasil”.
Revista Eco 21, Ano XIV, Edição 92, Julho 2004. (www.eco21.com.br) - Andrea Margit Jornalista

A perda da cobertura vegetal ameaça reservas de água doce


A perda da vegetação florestal e a conversão do terreno a outros usos podem repercutir negativamente nas reservas de água doce, colocar em perigo a sobrevivência de milhões de pessoas e prejudicar o meio ambiente, adverte a FAO.



A perda da vegetação florestal e a conversão do terreno a outros usos podem repercutir negativamente nas reservas de água doce, colocar em perigo a sobrevivência de milhões de pessoas e prejudicar o meio ambiente, adverte a FAO.
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A XVI Sessão do Comitê de Florestas da FAO (COFO), realizada de 10 a 14 de Março, na sede da FAO, em Roma, sob a presidência do Brasil, focalizou um conjunto de temas que favorecem a intenção de assegurar um tratamento equilibrado e abrangente às questões relacionadas à proteção e ao uso sustentável dos recursos florestais.
Um dos principais foi o tema do financiamento do manejo florestal sustentável e o papel dos programas florestais nacionais na implementação das decisões da Cúpula Mundial da Alimentação+5, realizada em Roma de 10 a 13 de junho de 2002, e da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, celebrada em Johanesburgo de 26 de agosto a 4 de setembro de 2002.

O encontro contou com a participação de cerca de 300 delegados procedentes de mais de 100 países. A delegação do Brasil esteve chefiada pelo Representante Permanente junto à FAO, Embaixador Flávio Perri, e integrada pelo Diretor-Geral do DME, Ministro Everton Vieira Vargas, por diplomatas do Itamaraty e funcionários do MMA e do IBAMA.
Numa época em que a escassez de água em muitas regiões representa uma ameaça para a segurança alimentar e para o sustento e saúde dos seres humanos, a situação das bacias hidrográficas melhoraria se as montanhas fossem administradas sob uma ótica hidrológica e sócio-econômica, defendeu a FAO num documento amplamente discutido durante a reunião do Comitê. O COFO é o principal fórum da FAO para os debates internacionais sobre políticas e questões técnicas das regiões altas do Planeta. Durante o encontro do Comitê foi apresentado o informe O Estado das Florestas no Mundo 2003.

Florestas contra inundações:

O documento solicita políticas e programas de ação para a ordenação eficaz das bacias hidrográficas e de outras atividades-chave relacionadas com as florestas. Ações para otimizar a economia dos recursos hídricos e ao mesmo tempo prevenir ou mitigar as catástrofes deveriam incluir, por exemplo:
  • Conservação em boas condições da cobertura florestal nas bacias hidrográficas montanhosas sujeitas a chuvas torrenciais;
  • Elaboração de programas que combinem a proteção florestal com o zoneamento, ordenação das zonas inundáveis e obras de engenharia para proteger as pessoas dos deslizamentos de terras, dos desmoronamentos de pedras e das inundações;
  • Sistemas agro-florestais para as bacias hidrográficas das terras altas para aproveitar os benefícios hidrológicos das matas, potencializando ao mesmo tempo a alimentação e a proteção dos recursos naturais para os pobres rurais;
  • Incentivos para todos que se dediquem à melhoria dos bosques e de outra utilização do terreno que limite perdas dos cursos d'água.

Mais de 3 bilhões de pessoas não têm acesso a água potável sendo o problema particularmente agudo em países em desenvolvimento.

Dos mais de 3 milhões de mortes anuais atribuídas à água contaminada e à escassa higiene, mais de 2 milhões correspondem a crianças em países em desenvolvimento. Além disso, todo ano os deslizamentos de terra por causa de chuvas, as inundações e as torrentes produzem grandes perdas de vida e de produtividade econômica, tanto nos países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento.

O documento da FAO sobre florestas e recursos hídricos, destaca a necessidade de incentivar a sensibilização nacional e as políticas ambientais como ajuda na ordenação sustentável dos bosques de montanha e das terras altas. As bacias hidrográficas das florestas de montanha são os receptáculos mais importantes em relação à água doce no mundo, mas também são as áreas mais propensas a sofrer desmoronamentos de terra, aluviões e inundações.

Este encontro, que também significou uma continuidade do Ano Internacional das Montanhas celebrado em 2002 e, com motivo da instituição de 2003 pelas Nações Unidas como Ano Internacional da Água Doce, serviu para divulgar o documento no qual se solicita à comunidade internacional a implementação de políticas e programas de ação para uma ordenação eficaz das bacias hidrográficas e de outras atividades-chave vinculadas com as florestas.

Entre outros assuntos foi discutida a relação entre as florestas e a água doce, além de um estudo sobre as florestas da África e uma análise dos programas da FAO no setor florestal. Deseja-se, com isso, que a ordenação florestal passe a ser um componente decisivo nos programas gerais de administração dos recursos hídricos.

Na discussão relativa à importância dos programas nacionais sobre florestas, cabe salientar que o Brasil é um dos países que mais avançaram na formulação e implementação de políticas voltadas à conservação e ao uso sustentável de suas florestas. A par dos programas de monitoramento por satélite, prevenção de fogo e outros executados pelo IBAMA, o nosso país possui uma estrita legislação para evitar o desmatamento e promover o manejo sustentável de florestas.

O Brasil adotou, em Abril de 2000, o Programa Nacional de Florestas. Esse Programa, que abrange ações em diferentes áreas para a conservação e uso sustentável dos recursos florestais, está em consonância com as propostas de ação adotadas no ano de 2000 pelo Foro Intergovernamental de Florestas (IFF) das Nações Unidas. É importante ainda frisar que as discussões sobre florestas no âmbito da FAO também enfocam a relação entre florestas, combate à fome e promoção da segurança alimentar, atualmente temas prioritários para o Governo brasileiro. O COFO reúne a cada dois anos especialistas em temas florestais com o objetivo de discutir políticas e questões técnicas, propor soluções e subsidiar os Governos, a própria FAO e outros organismos internacionais, na implementação de ações nas áreas de florestas. Embora a principal instância política internacional para a discussão do tema florestal seja, hoje, o Foro das Nações Unidas sobre Florestas (UNFF), que se reunirá em Maio próximo, em Genebra, as discussões no âmbito da FAO deverão contribuir significativamente para o trabalho a ser desenvolvido pelo Foro.

Paralelamente, no período de 17 a 20 de Março de 2003 foi realizada em Viterbo, Itália, a Reunião sobre Monitoramento, Avaliação e Informação no âmbito do Foro das Nações Unidas sobre Florestas (UNFF). O evento é co-patrocinado pelo Brasil, China, Itália, Japão, África do Sul, Suécia, Turquia, Reino Unido e EUA, com o apoio da FAO e do UNFF.

O encontro busca propiciar a troca de informações sobre as experiências nacionais de monitoramento e avaliação dos progressos alcançados na implementação das propostas de ação do Painel Intergovernamental sobre Florestas (IPF) e do Foro Intergovernamental sobre Florestas (IFF) e explorar formas para tornar mais efetivas as atividades de monitoramento e avaliação.

A reunião privilegiou o exame de experiências concretas em temas como, por exemplo, o combate ao desmatamento e à degradação florestal. Nesse contexto, o Brasil, tem relevantes experiências a apresentar, pois dispõe de diversos sistemas e programas de monitoramento e avaliação em áreas florestais, entre os quais o Programa de Prevenção e Controle de Queimadas e Incêndios Florestais na Amazônia Legal – PROARCO; o Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais – PREVFOGO; o Sistema Integrado de Monitoramento e Controle dos Recursos e Produtos Florestais – SISPROF; o Sistema de Proteção da Amazônia/Sistema de Vigilância da Amazônia – SIPAM/SIVAM; os projetos no âmbito do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil-PPG-7; o Apoio ao Manejo Sustentável na Amazônia – PROMANEJO o Monitoramento e Controle de Desmatamentos e Queimadas – PRODESQUE e, o Programa Manejo de Recursos Naturais da Várzea – PROVARZEA.

O Brasil desempenha um papel de grande relevo nas discussões internacionais sobre florestas por ser o detentor da maior área de florestas tropicais do mundo, bem como por dispor de políticas e instituições dedicadas ao tratamento do tema florestal em suas múltiplas dimensões. Os resultados do Encontro serão submetidos à Terceira Sessão do UNFF, a ser realizada de 26 de Maio a 6 de Junho de 2003, em Genebra.

Lúcia Chayb Revista Eco 21, Ano XIII, Edição 76, Março 2003. (www.eco21.com.br)

Nova espécie de ave é descoberta nos Estados Unidos


Batizada de pardela-bryan, ave marinha foi encontrada no Havaí.
Há 40 anos não eram encontradas novas espécies de aves no país.

Do Globo Natureza, em São Paulo

Após quase 40 anos sem registrar descobertas de pássaros nos Estados Unidos, o Instituto Smithsonian de Conservação e Biologia encontrou uma nova espécie de ave marinha na região do Havaí, batizada de pardela-bryan.
O pássaro já estava com pesquisadores desde 1963, quando foi encontrado em Midway Atoll, em uma das ilhas havaianas. Entretanto, recentes exames genéticos foram realizados e comprovaram a existência da nova espécie.
Segundo Rob Fleischer, coordenador do Centro de Conservação e Genética evolutiva do Smithsonian, o pardela-bryan foi visto por pesquisadores apenas duas vezes e por isso a espécie é considerada rara ou mesmo extinta.
pássaro (Foto: Divulgação/Reginald David/Smithsonian)Imagem feita da ave pardela-bryan (Foto: Divulgação/Reginald David/Smithsonian)