segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Estação Ecológica do Seridó recebe torre meteorológica

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) instalou, em parceria com o Instituto Nacional do Semiárido (Insa), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI), uma torre meteorológica na Estação Ecológica do Seridó, no Rio Grande do Norte.
Instalação irá determinar o balanço de energia e o fluxo de CO2 líquido sobre áreas preservadas e em processo de desertificação
Instalação irá determinar o balanço de energia e
o fluxo de CO2 líquido sobre áreas preservadas
e em processo de desertificação


O equipamento mede a concentração de dióxido de carbono (CO2), quantificando as trocas de gás entre os ecossistemas terrestres e a atmosfera, além de aferir o fluxo de calor e a temperatura do solo em quatro níveis; a velocidade do vento em três dimensões; a concentração de vapor de água; a temperatura e a umidade relativa do ar; e as radiações emitidas pelo sol, superfície e atmosfera.

Segundo o coordenador do projeto, o professor doutor Aldrin Perez-Marin (MCTI/INSA), a instalação tem como objetivo geral determinar o balanço de energia e o fluxo de CO2 sazonais líquidos sobre áreas preservadas e áreas em processo de desertificação do ecossistema Caatinga.

O chefe da Estação Ecológica do Seridó, Paulo Roberto Medeiros, destaca que os dados obtidos pela torre meteorológica serão de suma importância para avaliar o impacto da desertificação da Caatinga quanto às trocas de calor e massa (vapor de água e fluxo de CO2) entre a biosfera e a atmosfera, além de complementar outras pesquisas desenvolvidas na unidade de conservação (UC) federal.


Fonte: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade via V&C

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Degelo no Hemisfério Norte ameaça população de focas, diz estudo




A reprodução das focas-harpa (Pagophilus groenlandicus) na região do Atlântico Norte está ameaçada devido ao afinamento do gelo sobre o mar, fenômeno provocado pela elevação da temperatura da Terra, aponta novo estudo divulgado nesta quinta-feira (5) e coordenado pela Universidade Duke, nos Estados Unidos.
A investigação científica, publicada na revista PLoS One, afirma que desde 1976 houve redução de 6% do gelo sazonal (que aparece no inverno) sobre o mar em quatro regiões classificadas como zona de reprodução das focas-harpa.
Outro ponto abordado pela pesquisa diz que o desaparecimento de placas de gelo mais estáveis elevou a taxa de mortalidade entre os filhotes nos últimos anos.
“A quantidade de mortes que temos visto no leste do Canadá é dramática”, disse David Johnston, cientista pesquisador do Laboratório de Vida Marinha da Universidade Duke. “Gerações inteiras devem desaparecer (…), basicamente todos os filhotes morrerão”, complementa.
Gelo essencial para reprodução – As focas dependem do gelo estável no mar durante o inverno, pois consideram o local seguro para dar à luz e amamentar os filhotes, até que eles possam nadar e caçar por conta própria. Geralmente, as fêmeas procuram as camadas de gelo mais grossas e firmes, mais no interior da região do Ártico, e se adaptam até o derretimento dessas calotas, com a chegada da primavera.
“Como espécie, as focas estão bem adaptadas para lidar com mudanças naturais do clima. Mas nossa pesquisa sugere que esses animais não estão prontos para absorver efeitos de curto prazo, combinados com alterações climáticas e influências do homem, como a caça e a captura”, afirma Johnston.
Para avaliar os impactos cumulativos dos fatores climáticos sobre a população de focas-harpa, os pesquisadores analisaram imagens de satélite do gelo existente no Golfo de St. Lawrence entre 1992 e 2010 (uma região na costa leste do Canadá onde há reprodução desta espécie) e comparou com relatórios anuais que apontam o surgimento de focas mortas na região.
Essas análises revelaram que a maior mortalidade das crias ocorreu no Atlântico Noroeste, quando a cobertura do gelo foi mais leve e a Oscilação do Atlântico Norte (fenômeno climático que controla a intensidade e direção dos ventos, além das tempestades, sobre a formação do gelo marinho na região) foi mais fraca. “Isso mostra claramente que as populações de focas-harpa oscilam de acordo com as tendências climáticas”, afirma. (Fonte: Globo Natureza)

La Niña pode durar até maio, dizem meteorologistas





O fenômeno climático La Niña, responsável por uma forte seca neste ano na América do Sul e no sudoeste dos Estados Unidos, pode durar mais do que o previsto, talvez até maio, alertou na quinta-feira o Centro de Previsão Climática dos EUA.
“As últimas observações… sugerem que o La Niña será de fraco a moderado neste inverno (boreal), e vai continuar depois disso como um evento fraco, até que deve se dissipar em algum momento entre março e maio”, disse o CPC em seu relatório mensal.
Foi a primeira vez que o CPC cogitou a hipótese de que o La Niña persista até a primavera boreal. Os meteorologistas antes esperavam que o fenômeno, que já causa preocupação nos mercados de grãos, oleaginosas, açúcar e café, persistisse durante o inverno boreal.
No relatório anterior, o CPC (ligado à Administração Nacional Oceânica e Atmosférica) disse que o La Niña perderia força no começo da primavera.
O fenômeno, que pode durar vários anos, se deve ao aquecimento anormal das águas na região equatorial do oceano Pacífico – é o contrário do famoso El Niño. Ambos causam transtornos climáticos da América Latina à Índia, e talvez também na África.
Uma seca prolongada pode causar problemas para agricultores em vários Estados dos EUA, numa faixa das Carolinas ao Kansas. Oklahoma e Texas já estão com seus solos esgotados devido à seca, e a persistência do La Niña pode significar mais uma safra ruim para o algodão texano.
Mesmo antes da divulgação do alerta do CPC, a previsão da safra argentina de milho para 2011/12 já havia sido revista para baixo por causa do La Niña. Mesmo assim, a Argentina, segunda maior produtora mundial de milho, deve colher uma safra recorde.
Na Malásia, importante exportador de óleo de palma, fortes chuvas de monções causadas pelo La Niña ameaçam prejudicar a colheita dos frutos, elevando a cotação do produto.
As chuvas no período de dezembro a março também constituem uma ameaça para os cafeicultores da Colômbia, maior produtor mundial de cafés de qualidade.
A persistência do La Niña até depois do inverno boreal também fará com que o fenômeno quase coincida com o início da temporada de furacões no Atlântico. Nos últimos dois anos em que houve La Niña, mais tempestades se formaram. (Fonte: Portal iG)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

MMA abre consulta pública para o plano sobre biodiversidade


O Ministério do Meio Ambiente está com consulta pública aberta pela internet para o Plano Estratégico da Convenção sobre Diversidade Biológica para 2020. O documento foi preparado e discutido ao longo deste ano em reuniões presenciais com os setores empresariais, sociedade civil ambientalista, academia, governo (federal e estadual) e povos indígenas e comunidades tradicionais. A fase atual busca obter mais contribuições da sociedade brasileira para a elaboração das metas nacionais de biodiversidade para 2020.
As propostas em consulta foram consolidadas um único documento chamado “Documento base da consulta pública” a partir das contribuições do encontro “Diálogos sobre Biodiversidade: construindo a estratégia brasileira para 2020″, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente este ano, em que reuniu cinco setores da sociedade.
O documento considera as 20 Metas Globais de Biodiversidade (Metas de Aichi) e as visões e necessidades específicas de cada um deles, tendo como orientação geral a necessidade de um conjunto de metas para maior efetividade no seu alcance e monitoramento.
Como resultado dos trabalhos das reuniões setoriais, foram gerados 25 documentos (5 para cada uma das 5 reuniões) contendo proposta de metas nacionais de biodiversidade para 2020 e de submetas intermediárias para serem alcançadas nos anos de 2013 a 2017.
A consulta pública fica aberta do dia 19 de dezembro de 2011 até o dia 31 de janeiro de 2012. (Fonte: MMA)

Migrações de longa distância estão desaparecendo






Todos os anos, no outono, o beija-flor-calíope, que pesa tanto quanto uma moeda pequena, enfrenta ventos fortes e mau tempo para migrar do Canadá e norte dos Estados Unidos para o sul, chegando até o México, e depois retornar na primavera, percorrendo um total de 6.400 a 8.000 mil quilômetros.
Trata-se de uma entre as várias dezenas de “migrações espetaculares” – por ar ou terra – narradas no novo relatório da Sociedade para a Conservação da Vida Selvagem. Entretanto, o relatório alerta que tais migrações estão em perigo.
“As migrações de longa distância como um todo estão desaparecendo rapidamente”, afirmou Keith Aune, autor do relatório e cientista sênior da conservação da sociedade em Montana, cuja sede fica no jardim zoológico do Bronx, em New York.
Para o relatório, foram entrevistados biólogos de campo do oeste dos Estados Unidos, onde a maior parte das migrações ainda ocorre. O trabalho detalha 24 migrações terrestres e 17 aéreas. O próximo relatório irá estudar as migrações oceânicas. Há muitas outras migrações em perigo, contudo, essas são as mais importantes e com maior chance de sobreviver caso recebam o apoio da opinião pública, afirmou Aune.
As migrações de longa distância não são apenas um espetáculo, afirmou Aune, elas são cruciais para manter as espécies selvagens que ainda existem em um mundo que se transforma.
“Trata-se de sobrevivência”, continuou ele. “Quando as migrações são interrompidas, perdemos a capacidade de manter uma população”, afirma.
Isso aconteceu diversas vezes, afirmou, citando a grande migração de bisões pelas Grandes Planícies dos Estados Unidos nos séculos 19 e 20. Embora ainda existam bisões, a presença deles está reduzida em grande medida a poucas reservas, como o Parque Nacional Yellowstone.
Em seguida, aconteceu com o hoje extinto pombo-passageiro (Ectopistes migratorius). Em 1866, o bando migratório era tão grande que levava 14 horas para atravessar uma localidade de Ontário, no Canadá.
Histórias como essa podem conquistar o apoio a favor da preservação dos corredores usados pelos animais para migrar. “Se eu afirmar: ‘precisamos proteger a conectividade ecológica’, as pessoas dirão: ‘O que isso significa’? Precisamos de algo que o público consiga compreender. Migrações espetaculares possuem o poder da narrativa”.
Os animais selvagens migram em busca de água ou comida em diferentes épocas do ano, ou para se reproduzirem. A capacidade de se deslocar livremente na natureza pode se tornar ainda mais importante com as alterações climáticas e a necessidade de adaptação da fauna selvagem. Eles precisam acompanhar o movimento das plantas que lhes servem de alimento ou procurar por novas fontes de água conforme as fontes habituais secam.
O problema é que, muitas vezes, os corredores são muito longos, e surgem diversos obstáculos devido à falta de reconhecimento ou proteção das migrações. Mas existem também os obstáculos naturais. Este ano, por exemplo, vários exemplares de antilocapra (Antilocapra americana) – o mais rápido mamífero terrestre da América do Norte – afogaram-se quando tentavam atravessar o rio Missouri durante a cheia em direção à área onde as fêmeas dão cria no Canadá.
David Wilcove, ecologista de Princeton e autor do livro “No way home: the decline of the world’s great animal migrations” (“Sem caminho para casa: o declínio das grandes migrações mundiais de animais”, em tradução livre – Island Press, 2007), acredita que narrativas sobre as grandes migrações podem representar uma boa estratégia.
“Eu não acredito que a noção de biodiversidade por si só tenha obtido força perante o público”, afirmou “Porém, as pessoas são fascinadas pelas migrações de animais desde que os primeiros hominídeos observaram os gnus. E essa fascinação continua nos dias de hoje”, afirma.
Oswald Schmitz, ecologista da Universidade Yale, concorda, mas menciona que ainda faltam evidências para se afirmar que a perda dos corredores pode ter como resultado a extinção.
“Precisamos introduzir gradualmente um novo tipo de ética, e este relatório cumpre muito bem a função de mostrar porque precisamos proteger os grandes cenários naturais”, afirma. “Trata-se de uma narrativa que explica a quem não é cientista a razão da necessidade de proteger as grandes paisagens”, afirma.
Segundo os biólogos, a proteção de grandes paisagens também tem a vantagem de proteger uma enorme variedade de outras espécies que ocupam áreas menores.
Entre as migrações presentes no relatório está a distância de 640 quilômetros percorrida por alguns caribus do Alasca. Os caribus podem se deparar, entre outros perigos, com dificuldades à medida que as alterações climáticas trazem mais neve, o que pode retardar a viagem e torná-los mais vulneráveis ao ataque de lobos. Talvez mais do que qualquer outra espécie, cita o relatório, os caribus possuem uma história de “sobrevivência através de movimentos e migrações adaptativos”.
Porém, em termos de quilometragem absoluta, a viagem deles se torna pequena quando comparada à de pássaros da espécie Sterna paradisaea, que viajam até 38.000 quilômetros em um ano, realizando uma viagem de ida e volta de um polo a outro. A migração pode estar ameaçada pelo desenvolvimento humano nos locais de parada dos pássaros durante a viagem.
Três espécies de morcegos possuem corredores particularmente específicos, aponta o relatório. Os morcegos das espécies Choeronycteris mexicana e Leptonycteris nivalis, e os menos numerosos da espécieLeptonycteris yerbabuena, passam algum tempo no sudoeste dos Estados Unidos. As três migram em épocas diferentes para o México, alimentando-se de néctar, pólen e frutas de seu corredor de migração. A principal ameaça consiste na incorporação dos terrenos no “corredor de néctar”, o qual possui plantas com flores que fornecem alimento durante a viagem.
À medida que as rotas de migração são interrompidas, outras espécies também podem ser afetadas – incluindo os seres humanos. Tomemos o caso dos pássaros canoros migratórios, cujo número foi reduzido em toda a América do Norte.
Esses pássaros comem de 3.000 a 10.000 toneladas de insetos todos os dias na primavera, enquanto realizam sua viagem.
“Trata-se de uma preocupação real”, afirmou Wilcove, de Princeton. “Tudo indica que, com o declínio dos pássaros canoros, o dano causado pelos insetos às culturas e florestas será maior”, afirma. (Fonte: Portal iG)





Mais notícias da Tentativa de arrombamento ao açude da comissão em Jardim do Seridó

                                     
Buraco na parede
O primeiro capítulo desse caso aconteceu durante a semana quando representantes da Secretaria de Agricultura do município levaram ao conhecimento da justiça o fato do agropecuarista Nelson Candido de Macedo Filho, conhecido como Nelsinho de Nelson Clodomiro, estava tentando arrombar a parede do açude comissão.
Foi feito um acordo na procuradoria entre o agropecuarista e o município, para que fosse colocado por Nelsinho uma comporta, mas a chave ficaria na responsabilidade do município e que participariam e seriam informados de tudo sobre o que acontecesse no açude. Na manhã de ontem, o representante da Secretaria de Meio Ambiente Sr. Jacinto Severo foi informado que o mesmo estava novamente tentando arrombar o açude. Jacinto, acionou a PM e a polícia ambiental que estiveram no local e deram ordem que parasse as escavações. Foi registrado na delegacia um B.O (BOLETIM DE OCORRÊNCIA), pela policia ambiental registrando o fato.
Parte de trás da parede
Como a verba para construção do açude partiu do império brasileiro o município tem o direito adquirido por ele, então, como está previsto no Código Civil, o que é público não pode ser danificado. Mesmo as terras sendo de propriedade particular, tem que ser respeitado 15 metros as margens do açude. Parede e água não podem ser violados, se acontecer configura-se crime ao patrimônio público.
O terreno já estava sendo rebaixado para a água escorrer
Relembrando:
O açude da comissão foi construído na época do Império Brasileiro no ano de 1886, pelo então Imperador Dom Pedro II que destinou uma verba para construção do açude. O nome comissão partiu exatamente dessa verba que foi chamada de comissão. Como conta a história, Dom Pedro II recebeu a visita do coronel jardinense José Thomaz que pediu a ajuda ao imperador para construção de um reservatório na cidade para amenizar os efeitos da seca que castigava os seridoenses. Foi atendido e o açude na época foi construído com muito esforço e trabalho no chamado lombo de jumento.
Fonte: Seridó 190

Polícia ambiental de Caicó foi averiguar denúncia de Cidadão acusado de tentar esvaziar açude comissão em Jardim do Seridó



O cidadão Nelson Candido de Macedo Filho, conhecido pela alcunha de Nelsinho de Nelson Glodomiro, está sendo acusado de tentar provocar um buraco no açude Comissão na cidade de Jardim do Seridó na manhã deste domingo.

Segundo informações do SGT PM George, lotado da Companhia de Polícia Ambiental da cidade de Caicó/RN, o mesmo estava de serviço na Ilha de Santana em Caicó quando, recebeu uma denúncia de crime ambiental praticada por Nelsinho nesta cidade.

Quando chegou no referido local, deparou-se com o acusado com um veículo agrícola tipo trator, tentando esvaziar o açude que é um dos mais antigos de toda à região do Seridó com 125 anos de idade.Ainda segundo o referido militar, o acusado afirmava que fazia o buraco pois, segundo ele, aquele açude fica em sua propriedade.

O lamentável é que um açude que foi construído no período Imperial, que tem o nome Comissão, devido a uma verba em dinheiro conseguida pelo então Cel. José Thomaz de Aquino Pereira, para amenizar os efeitos da seca na região e que dá nome a um bairro em Jardim do Seridó, possa ser destruído para atender interesses pessoais.

Fonte: PM Jardim do Seridó