quarta-feira, 30 de novembro de 2011

OMM aponta 2011 como ano mais quente com ocorrência de La Niña


O ano de 2011 será o mais quente com a ocorrência do fenômeno La Niña já registrado, aponta relatório preliminar lançado nesta terça-feira (29) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM, na sigla em inglês), ligada à ONU.
O documento foi apresentado na Conferência sobre Mudanças Climáticas (COP 17), em Durban, na África do Sul.
“ La Niña tem um efeito de resfriamento. Ainda assim, 2011 aparece como o 10º ano mais quente já registrado “, explicou o vice-secretário-geral do organismo, Jerry Lengoasa. La Niña é um evento climático cíclico em que as temperaturas superficiais do Oceano Pacífico caem. A temperatura do ar na altura da superfície do solo e do mar, nos primeiros dez meses de 2011, ficou 0,41 grau acima da média registrada no planeta entre 1961-1990.
Este ano deve ficar entre os dez mais quentes de que se tem registro. Assim, dos 15 anos mais quentes conhecidos, 13 ocorreram entre 1997 e 2011.
Outro sinal de que este ano não fugiu da tendência de aquecimento do planeta é que a calota polar ártica teve seu segundo menor tamanho já registrado durante o verão boreal. Na mínima deste ano, em setembro, havia 35% menos gelo na região ártica do que na média dos anos 1979-2000. “Vai haver uma perda significativa, não dá para dizer completa, mas significativa”, respondeu Lengoasa ao ser questionado sobre um possível desaparecimento total do gelo no norte do planeta.
Os anos em que ocorre La Niña costumam ser mais frios que aqueles que o precedem e seguem. Este padrão se repetiu em 2011, que está sendo mais frio que o ano passado, mas já num patamar acima do que se registrava anteriormente.
As enchentes do Rio de Janeiro foram consideradas o pior “evento único” deste ano no relatório da OMM, pela sua alta letalidade, causando a morte de centenas de pessoas em poucos dias.
“O Brasil registrou este ano grande quantidade de deslizamentos, que mataram muitas pessoas. Foi um dos piores desastres de causas naturais que o país já teve. Isso se deve ao aumento das chuvas. E claro que, com esse aumento, se esses eventos de grande precipitação continuarem como uma tendência, as pessoas mais vulneráveis estarão mais expostas”, disse ao G1. “Não só no Brasil. Houve outras partes atingidas por enchentes na América do Sul, como o Equador”, ressaltou.
Outros eventos climáticos severos foram registrados ao redor do planeta este ano, como a grave seca no leste da África e as enchentes no Sudeste Asiático. Os Estados Unidos perderam mais de US$ 1 bilhão em 14 ocorrências meteorológicas extremas, como seca no sul, incluindo o estado do Texas, e enchentes no norte, aponta a OMM. O país teve ainda uma grande quantidade de tornados. Em maio, no estado de Missouri, foram 157 mortes causadas pelos ventos, no tornado mais letal desde 1947. O Canadá registrou algumas de suas piores enchentes também, indica a OMM. (Fonte: Dennis Barbosa/ Globo Natureza)

Amazônia perde em outubro área igual a 240 ‘Ibirapueras’, diz Inpe






O desmatamento na Amazônia Legal aumentou 52% no mês de outubro em relação a setembro deste ano, segundo dados divulgados nesta terça-feira (29) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), sediado em São José dos Campos (SP).
De acordo com levantamento, realizado pelo sistema de detecção do desmatamento em tempo real, o Deter, que utiliza imagens de satélite para visualizar a perda de vegetação no bioma, em outubro deste ano uma área de 385,56 km² de floresta foi derrubada, equivalente a 240 vezes o tamanho do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Em setembro, perdeu-se 253,8 km² de floresta.
Comparado ao mesmo período do ano passado, o ritmo de degradação na Amazônia praticamente não se alterou, registrando uma leve queda. Segundo o Deter, no mesmo mês de 2010 o desmate foi de 388,86 km².
Estados – Segundo o Inpe, pela primeira vez no ano o estado de Rondônia aparece como a região que mais desmatou a floresta, com 128,59 km², área equivalente a sete vezes o tamanho da Ilha de Fernando de Noronha, localizada em Pernambuco.
Atrás de Rondônia vem o Pará, responsável por derrubar 119,39 km² de floresta, seguido do Mato Grosso, com 98,08 km². O estado do Amazonas aparece na quarta posição, com o desmate de 18,93 km². Em outubro, os satélites não conseguiram visualizar 17% da região de floresta devido à alta densidade de nuvens.
De janeiro a outubro deste ano, a floresta amazônica perdeu uma área de 2.221 km² de floresta, quase duas vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro. (Fonte: Globo Natureza)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Policia Militar de São José do Seridó prende caçadores na zona rural

Na Foto: Peba Capturado - Fotos e Fonte: V&C Artigos

Na manha deste feriado, caçadores foram flagrados no sítio Olho D'água, zona rural de São José do Seridó a 5 Km da área urbana. Policiais Militares do destacamento de São José chegaram até eles, através de uma denúncia anônima encaminhada pelo 190. A pessoa, que não quis se identificar, relatou que homens estavam caçando naquelas imediações.
Os policiais, que não dormem em serviço, partiram para averiguar a ocorrência e chegando lá se depararam com três motocicletas (ver foto) estacionadas às margens de uma estrada carroçável. Se embrenhando mais caatinga a dentro, a polícia flagrou 5 caçadores com um animal comumente conhecido no Seridó como Peba, uma espécie de tatu.
De pronto, a CIPAM foi acionado, os infratores foram conduzidos para a 3ª DRP sendo autuados em flagrante e posteriormente liberados. Os inimigos dos animais deverão responder por crime ambiental.

Fonte: Blog Eduardo Dantas

Tatus invadem climas frios

Uma invasão blindada está em andamento em todo o centro-oeste dos Estados Unidos: tatus estão se mudando para novos territórios, uma vez considerados impróprios para criaturas de clima quente.
Há 20 espécies conhecidas de tatu, mas apenas uma – o tatu-galinha – se aventurou para fora da América Latina. A espécie chegou ao Texas, nos Estados Unidos, nos anos 1880 e vem se espalhando para novos habitats desde então.
Nos últimos anos, ele se estabeleceu do extremo leste (Carolina do Norte) ao extremo oeste (Ilinois), e algumas vezes é visto nos estados de Indiana e Iowa (no centro dos Estados Unidos).
Se a tendência continuar, alguns especialistas prevêem que o tatu será visto logo em locais tão ao norte como Washington D.C. ou até mesmo em Nova Jersey.
Alguns cientistas sugerem que o aumento da temperatura causado por mudanças climáticas está permitindo que os tatus se mudem para novos habitats.Mas a especialista Colleen McDonough, bióloga da Universidade Estaudal de Valdosta, no estado da Geórgia, duvida que seja esse o motivo.
Para começar, os tatus tem se mudado consistentemente para o norte e para o leste do Rio Grande desde a última parte do século 19, explicou ela.
“Há diferentes hipóteses diferentes sobre o motivo – uma delas é que a expansão foi facilitada pelas práticas de uso da terra e pela remoção de grandes mamíferos predadores”. E completou: “’Como esse movimento tem sido consistente ao longo dos anos, acho que é uma continuação [de uma tendência de longo prazo] e não resultado direto das mudanças climáticas recentes”.
Tatus adaptáveis – Em vez das mudanças climáticas, McDonough suspeita que a capacidade de adaptação e a reprodução rápida estão alimentando a expansão dos tatus galinha. Animais onívoros podem fazer suas casas nas florestas, pastagens e até mesmo no subúrbio. Além disso, as fêmeas férteis podem começar a dar cria com apenas um ano e ter ninhadas de até quatro em cada ano. Obviamente tatus não são invencíveis, e o clima frio, no final, restringe sua expansão.
Os tatus galinha tem coberturas esparsas de pelos nas barrigas e suas carapaças os protegem dos predadores, mas não dos elementos naturais, afirmou McDonough, que também faz parte do grupo de especialistas em bichos-preguiça e tatus da União Internacional para Conservação da Natureza (na sigla em inglês IUCN).
Além do mais, os tatus não hibernam, ou seja, precisam procurar alimento no inverno. Contudo, “eles conseguem sobreviver por um período no frio ficando em suas tocas e abandonando o forrageamento [o ato de vasculhar o solo em busca de alimentos como formigas, lagartas, cupins, entre outros] por um curto período”, explicou ela. E completou: “Tenho ouvido também de animais forrageando sobre uma cobertura de folhas embaixo de uma fina camada de neve no norte o Texas. Pode ser que isto aconteça também mais ao norte, mas em longos períodos de tempo gelado os tatus não ficariam bem”
Tatus podem causar impacto em novos habitats – Como a maioria dos intrusos, os tatus provavelmente irão causar algum impacto em seus novos habitats e esses efeitos não são sempre fáceis de prever.
Conhecidos por desenterrar larvas de insetos para alimentação, é possível que eles compitam por tais refeições com animais que vivem na região, como os gambás. Tatus também são conhecidos por atacar ninhos de diversas espécies e consequentemente podem prejudicar as populações de aves que fazem ninhos no chão, como a codorna.
Qualquer um, no entanto, que busque manter o número de tatus baixo não terá uma tarefa fácil. “Não é fácil prendê-los e os predadores naturais são raros neste novo habitat, acrescentou McDonough.
Um fator positivo para os humanos, porém, é que o apetite dos tatus poderia manter algumas pragas de insetos, como formigas de fogo, controladas.
Então o quão longe o tatu irá? McDonough não está certa. “Ao longo das décadas, os cientistas criaram limites (para o alcance dos tatus), baseados na temperatura [e esses animais surpreenderam a maioria dos especialistas ultrapassando este limite”, McDonough acrescentou. E completou: “Odeio fazer previsões, por que eles continuam me surpreendendo”. (Fonte: Portal iG)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Petrobras já reutiliza 10% de toda a água que consome



De janeiro a agosto deste ano, a Petrobras já reutilizou 13 bilhões de litros de água em suas operações de extração, produção e refino de petróleo e gás natural. O volume equivale a 10% de toda a água necessária às operações da companhia, já é 15% superior ao volume reutilizado no mesmo período do ano passado e daria para abastecer, no período, uma cidade com cerca de 450 mil habitantes.
Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador de Recursos Hídricos da estatal, Carlos Gonzales, avaliou que a racionalização e a reutilização da água garantem à empresa uma segunda fonte de abastecimento, com a redução da demanda por água nova para as operações.
Ele informou que a Petrobras pretende concluir os projetos de reutilização para chegar a 2013 com uma economia adicional de cerca de 13 bilhões de litros de água por ano – o que levaria a empresa a reutilizar 20% da água necessária às operações.
“Um dos maiores projetos do mundo será implantado no Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), que está sendo construído em Itaboraí, na região metropolitana da capital, onde a Petrobras utilizará uma solução inovadora – o aproveitamento da água de esgoto que será tratada para uso industrial”, disse.
Os dados indicam que a vazão prevista para o empreendimento pode alcançar até 1.500 litros por segundo, volume equivalente a 47,3 bilhões por ano. “Essa quantidade é suficiente para o consumo de uma cidade de 750 mil habitantes”.
Paralelamente, a Petrobras desenvolve na Refinaria de Capuava (Recap), em São Paulo, projeto que é referência em racionalização do uso da água. “Lá desenvolvemos um projeto em que, pela primeira vez na América Latina, uma refinaria pratica o descarte zero de efluentes”.
Os números relativos ao projeto indicam que a refinaria deixou de captar 1 bilhão de litros de água por ano do Rio Tamanduateí, que corta o município onde a planta da refinaria está instalada.
“No que diz respeito ao descarte, a empresa deixou de lançar 700 milhões de litros de efluente industrial por ano para o mesmo rio. No caso, a refinaria poupa água que será destinada a usos diversos – na agricultura, no abastecimento público e nas indústrias”.
No Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), na Ilha do Fundão, zona norte do Rio, a estatal desenvolve o sistema ecoeficiente. “Um dos mais modernos do país, o novo sistema inclui uma estação de tratamento e reutilização de água, que permitirá o reaproveitamento de 600 milhões de litros do produto, com uma economia anual de R$ 12 milhões – o volume é suficiente para abastecer uma cidade com 15 mil habitantes durante um ano”. O sistema deverá entrar em operação ainda no fim deste ano, informou Gonzales.
Com a área ampliada em mais 200 mil metros quadrados, o Cenpes passará a consumir um total de 800 milhões de litros de água por dia. Segundo a Petrobras, cerca de 75% desse volume serão provenientes de captação da chuva e de água de reaproveitamento: a primeira será utilizada em jardins e sanitários e a dos efluentes sanitários, oleosos e químicos será tratada e destinada ao sistema de ar condicionado. “Com isso, o Cenpes poderá ficar até quatro dias sem água de fontes externas”, avaliou. (Fonte: Nielmar de Oliveira/ Agência Brasil)

Ano de 2010 teve maior pico já registrado de emissões de gases estufa

O volume de gases de efeito estufa, que causam o aquecimento global, liberado na atmosfera deu um salto sem precedentes em 2010, segundo os últimos dados mundiais sobre emissões de dióxido de carbono, compilados pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos. “Isso é grande”, afirmou à AFP Tom Boden, diretor da Divisão de Ciências Ambientais do Centro de Análise de Informação sobre o Dióxido de Carbono, do Laboratório Nacional de Oak Ridge, no Tennessee.
“Nossos dados remontam a 1751, mesmo antes da Revolução Indsutrial. Nunca antes nós vimos um aumento de 500 milhões de toneladas métricas de carbono em um único ano”, disse. A elevação, medida de emissões de CO2 liberadas na atmosfera resultantes da queima de carvão e gás, alcançou cerca de 6% entre 2009 e 2010, subindo de 8,6 para 9,1 bilhões de toneladas métricas.
Grandes saltos foram registrados em Estados Unidos, China e Índia, os maiores poluidores do mundo. Picos significativos posteriores a 2009 também foram registrados na Arábia Saudita, Turquia, Rússia, Polônia e Cazaquistão. Alguns países, como Suíça, Azerbaijão, Eslováquia, Espanha, Nova Zelândia e Paquistão, tiveram reduções sutis entre 2009 e 2010, mas estes países foram exceções. Grande parte da Europa demonstrou uma elevação moderada.
Segundo Boden, os números podem indicar uma recuperação econômica após a recessão global de 2007-2008. “Pelo menos do ponto de vista do consumo de energia, as companhias voltaram aos níveis manufatureiros, competindo com índices pré-2008; as pessoas voltaram a viajar, sendo assim as emissões do setor do transporte competiram com as do período pré-2008″, afirmou.
Mas os dados também geraram preocupações sobre a saúde do meio ambiente. “Esta notícia é muito ruim”, afirmou John Abraham, professor associado da Escola de Engenharia da Universidade de St. Thomas, em Minnesota. “Estes resultados demonstram que será mais difícil fazer os duros cortes de emissões ao nos confrontarmos com uma crise climática”, emendou.
Os dados foram extraídos de estatísticas das Nações Unidas, reunidas de cada país do mundo a respeito dos estoques de energia em combustíveis fósseis, exportações e produção, bem como dados energéticos compilados pela gigante petrolífera BP. “Se você sabe quanto de um combustível é consumido e se conhece a taxa de oxidação e o conteúdo de carbono do combustível, pode-se deduzir uma estimativa de emissão, portanto este é um algoritmo bastante direto para fins de cálculo”, concluiu Boden. (Fonte: Portal Terra)

Ibama autoriza construção de usina hidrelétrica no Rio Parnaíba




O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu a licença prévia para a Usina Hidrelétrica Castelhano, que será construída no Rio Parnaíba, entre o Maranhão e o Piauí. A construção da linha de transmissão da usina, com 13,8 quilômetros, também recebeu o aval do Ibama.
A hidrelétrica terá potência de 64 megawatts (MW) e deverá ser licitada no leilão A-5, que será realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no dia 20 de dezembro. Outros dois empreendimentos que devem entrar no leilão já receberam a autorização do Ibama: as hidrelétricas Estreito Parnaíba e Cachoeira. Juntas, as três usinas somam 184 MW de potência instalada.
A licença prévia do Ibama é válida por dois anos, com exigência do cumprimento de todas as condicionantes. Com a autorização, concedida para a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), o empreendimento é capacitado a participar do leilão. (Fonte: Sabrina Craide/ Agência Brasil)